segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Recupere entre 1% e 3% de suas despesas

Todo mundo tem despesas a realizar, sejam despesas obrigatórias ou não, o que normalmente consome uma grande parte do que ganha. Existem muitas formas de pagamento que são aceitas pelos estabelecimentos, como “a vista” (dinheiro vivo ou cash), a vista no cartão de crédito e parcelamento no carnê ou no Cartão de Crédito, entre outras. Há uma discussão muito grande sobre como se deve pagar estas contas e as principais formas recaem sobre a perda ou não do controle dos gastos por cada pessoa. Quebrar o cartão de crédito muitas vezes é a solução para os consumistas descontrolados, simplesmente não comprar nada outras vezes é a solução para os casos mais extremos.

Meu objetivo hoje é centrar naquele tipo de consumidor que sabe se controlar e quer reduzir seus custos comprando o que realmente precisa comprar e tenta reduzir seus gastos além do passo inicial de cortar supérfluos. Ou seja, precisa comprar, não tem jeito.

Neste caso de consumidor responsável, que tem controle sobre suas despesas, há a possibilidade de recuperar entre 1% e 3% de suas despesas através do uso do Cartão de Crédito, é algo como uso inteligente do seu cartão e não apenas uso consciente. A idéia é aproveitar o benefício das milhas do seu cartão, transformando-as em dinheiro que acabarão reduzindo o seu gasto total. Como assim? Simples, no mundo inteiro e já no Brasil, apesar de incipiente, existe um mercado de compra e venda de milhas de companhias aéreas. As companhias ainda não permitem a transferência de milhas entre seus participantes, mas permitem que um participante emita bilhetes em nome de qualquer pessoa. Aí está a oportunidade, pois tendo milhas, se pode emitir a passagem em nome de qualquer pessoa e receber dinheiro por isto. Desta forma, o comprador lucra devido à possibilidade de bilhetes mais baratos do que se comprasse diretamente na companhia aérea. Ganha o vendedor, pois transforma suas milhas sem uso em dinheiro e ganham as companhias aéreas, pois diferentemente do que muitos pensam, este bilhete já está previsto em seu plano de negócios quando da criação do plano de milhagem.

Obviamente que o retorno financeiro vai depender de alguns fatores, principalmente cotação do dólar frente ao real, fator de bonificação do seu cartão de crédito e cotação do lote (normalmente 10mil) de milhas. O cálculo é simples, veja na tabela abaixo:

Melhor Caso
1.000,00
Montante pago em cartão
1,65
Alguns cartões usam a cotação comercial, outras a turismo
606,06
Seu montante convertido em dólares
1,50
Fator multiplicador do seu cartão
909,09
Quantidade de milhas angariadas
350,00
Valor que se consegue vender 10mil milhas
31,82
Valor recuperado com a venda das milhas
3,18%
Percentual de recuperação

Neste exemplo, o cálculo está super-estimado, com Dólar baixo, milhagem a 1,5 ponto por dólar e lote num valor topo, ou seja, o máximo que já vi até hoje. Na tabela abaixo, coloco um cálculo pessimista, veja:

Pior Caso
1.000,00
Montante pago em cartão
2,00
Alguns cartões usam a cotação comercial, outras a turismo
500,00
Seu montante convertido em dólares
1,00
Fator multiplicador do seu cartão
500,00
Quantidade de milhas angariadas
250,00
Valor que se consegue vender 10mil milhas
12,50
Valor recuperado com a venda das milhas
1,25%
Percentual de recuperação

Observe que 1,25%, no pior caso, é bem mais do que rende uma Renda Fixa ou CDB, quer dizer então que, na pior das hipóteses se pode recuperar uma parte das despesas só pelo fato de pagar com cartão de crédito ao invés de sacar o dinheiro do banco, andar com ele no bolso e pagar tudo em cash. Se somarmos a isto o rendimento de uma Renda fixa que seu dinheiro será remunerado simplesmente por não ser usado (± 0,8% por 30 dias), suas despesas obrigatórias serão reduzidas entre 2% e 4%. É algo a se pensar com muito carinho, bastando para isto uma simples mudança em seu hábito de pagamento e um contato com comerciantes de milhas. Pense nisto!

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